Dias de chuva...

Uma nuvem aqui outra acolá, outra timida por ali e outras mais ousadas por aqui e assim formando vai densas nuvens escuras no céu antes anil, e forço-me a dizer que por mais uma vez fico sem entender o que está acontecendo ao meu redor e te faço uma pergunta agora: sou eu o problema ou o mundo esta mesmo perdido a imensa escuridão destas chuvas sem tréguas, sem rédias?
Ou sou eu mesmo perdido em meus devaneios, tentando desiludir-me com a vida, tentando encontrar rachaduras para esconder a minha tristeza, este sentimento inerente ao meu desejo, mas que apenas me consome!
Tenho tentando em vão descobrir estas indagações, não há saída nem vazão para meus questionamentos e decpeções...
Não há mais nada hoje além dessa quarta-geira cinzenta e chuvosa, fria e meticulosa a torturar, esganar, sufocar todas as minhas certezas!
Tenho pensando muito e isto anda me fazendo muito mal, ando enjoado e desolado que mesmo um sorriso não quebrará esta solidão.

Mais um dia...

Estou em conflito e quisera eu este conflito ser comigo mesmo, seria tão fácil resolver bastava ignorar!
mas o conflito esta com o mundo!
Para aonde estamos indo?
Parecemos objetos defenestrados sem direção rumo a lugar algum...
Hoje foi mais um dia daqueles que eu não quero digerir, as crianças já estão perdidas neste vasto e imenso mundo de desesperança! Sim, já estão perdidas e algumas jamais encontrarão o caminho de volta e outras sequer saberão um dia o que é luz...
E o que estou tentando desabafar é a minha grande frustação, pois o que faço eu além de apenas colocar aqui palavras que muitos não leram e talvez ninguém leia! e que indissoluvelmente estamos condenados apenas a ser impressões nesta vidas, impressos em RGs e CPFs e nada mais além de concreto, apenas papel e tinta e muitos amarelados e desbotados, apagados como suas próprias vidas!
Hoje, terça-feira mais um dia de extrema tristeza e desconsolo por esse ser que clama por socorro!

Pensamento um instante antes do dia

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...


Florbela Espanca

Dias sem sol...

Foi assim este final de semana, dias sem sol
e isto faz nascer em mim um sentimento de não esperança, é como se o sol dias de raios amarelos "ultravioletados" trouxessem com ele nas suas fagulhas de energia o fio de esperança que interliga a todos nós, pelo menos é assim que acontece comigo... fiquei o dia todo esperando pelo menos por aquele solzinho de fim de domingo, preguiçoso e melancólico, sabe daquela tarde de nostalgia, sentado na varanda ou na grama de frente da casa, mas não aconteceu!
por esta razão não tive nem forças de postar nesses dias nublados e cheios de cinzas, dias frios e dormentes e como os pensamentos e sentimentos deste coração que aqui vos fala, como dormiram meus sentimentos e não pude acordá-los e dizer-lhes de quanto é bom estar vivo num dia de domingo rodeado de sol e de amigos inalando e exalando esperança...

Luciano Oliveira

Quando as Borboletas Azuis Morrerem

Ao cair o meu corpo no chão

Pintado de anil

As borboletas azuis jazerão

Para sempre em meu coração

A morte vai ser menos hostil

Azul entre anil

Meus olhos passarão a voar

E a faiscar de paixão

Ao cair meu corpo no chão

A terra há de florir revoadas

De pétalas azuis anis

E pelo ar cheiro de jasmim

Ao cair meu corpo no chão

O pó levantará suas mãos

Alcançará as borboletas azuis

Que em carrossel dançam

Em volta da minha aura.

Ao cair meu corpo no chão

Hão de morrer comigo

Borboletas azuis

E juntos voaremos aos jardins do céu

Que um anjo reservou um dia para nós

Ao cair meu corpo no chão

Hão de morrer as borboletas azuis

Num clarão enfurecido

De tons anil anis

Sem data

Luciano Oliveira

Saudade - O 1º sentimento que entedemos ao compreender o que é Amor!

Tenho pensado tanto em passado que nem pude perceber o quão sozinho estou... Fazem meses desta solidão quase proposital! Quanto tempo dói uma saudade? Quanto tempo dói um abraço não dado?

Quanto tempo tem passado sem que eu tenha coragem de correr de novo no mundo e buscar por meus sonhos amigos? Muito tempo e ele já nem se conta mais nos pensamentos... Tenho fragmentado tanto as desilusões e a esperança de ver os meus amigos de novo! Quero tanto esquecer que os amo tanto! tanto! tanto!!! Que foge as palavras neste instante e não há nada parecido para descrever o quanto vocês me fazem falta! Apenas esta imensa e insuportável saudade que invade e que preenchendo- me, sufoca-me, atordoa-me e me distraí em ilusões de que vocês estam por perto quase chegando e juntos passarmos um dia de alegria e risos daqueles que se perdem na noite afora e madrugada adentro! Tenho me perdido nesses pensamentos e sinto cada vez mais perto a ansia desse desejo me corromper por dentro e insisto não quero esquece-los, mas...